Você já ouviu o termo ‘’Black Money’’ em veículos de comunicação ou rodas de conversa? Em tradução livre, o termo significa ‘’Dinheiro Negro’’ e tem como objetivo incentivar a circulação de dinheiro entre a comunidade. O movimento vem crescendo e traz novas perspectivas para a economia e formas de consumo.
Nina Silva, formada em administração e especializada em tecnologia, é considerada uma das pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo pelo prêmio Most Influential People of African Descent (MIPAD), da Organização das Nações Unicas (ONU).
Junto com o seu sócio, Alan Silva, criaram há 3 anos o movimento para conectar empreendedores pretos e fortalecer a circulação de recursos entre a comunidade.
Ela busca utilizar sua influência já consolidada no mercado para construir pontes entre a comunidade preta e outros países, divulgando assim, seus negócios e necessidades.
A premissa do movimento é simples: através da realocação e uma maior concentração de renda para esses negócios, é possível diminuir a desigualdade.
Além do quesito financeiro, existe o desejo de causar impactos profundos na população e nas autoridades, para que haja um número maior e mais justo nas contratações de pessoas pretas em todos os setores, a igualdade salarial e a capacitação de pessoas pretas para oferecer recursos para o desenvolvimento profissional.
O movimento é focado na comunidade preta, mas todas as pessoas podem colaborar.
O incentivo começa dentro da própria comunidade, pois ao comprar de marcas criadas e administradas por outras pessoas pretas, a população se favorece e pode crescer junto.
Quanto mais produtos e serviços representativos, maior o movimento pode se tornar e assim chegar em lugares que até hoje ainda não são ocupados.
Ao colaborar com a ascensão da comunidade, a população preta como um todo se favorece e cresce junto.
Se você é um investidor e busca negócios em potencial para investir, saia fora da caixa, busque negócios que incentivem e apoiem a causa.
Segundo pesquisa feita pelo IBGE em 2022, pessoas brancas tem um rendimento mensal quase duas vezes maior do que as negras.
Caso você seja um consumidor, que tal conhecer novas marcas que se enquadrem nessa causa? Empreendedores pretos ou pardos são 51% dos empreendedores brasileiros, mas são a maioria em situação de inadimplência, segundo pesquisa do Sebrae e da FGV.
Trouxemos alguns empreendimentos criados por pessoas pretas para você conhecer e agregar na sua vida daqui em diante:
Primeiro e-commerce brasileiro especializado em tecidos e artigos africanos.
Livraria especializada na literatura afro-brasileira e feminista.
Plataforma sem fins lucrativos que conecta profissionais pretos e empresas que buscam novos talentos.
Hub de soluções em saúde para a população preta, promovendo a representatividade e saúde de qualidade.
Existem diversas páginas e criadores de conteúdo que dão dicas e divulgam negócios para incentivar o movimento.
Selecionamos algumas para você acrescentar na sua rotina de leitura e ampliar seus conhecimentos no tema. Prepare o botão ‘’seguir’’:
Página oficial do movimento nas redes sociais com dicas e informações direcionadas para a comunidade preta.
Movimento que nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável.
Hub de criatividade, inventividade e tendências pretas.
Educação financeira para pessoas pretas.
Conteúdo e conexão entre empreendedores, intraempreendedores e profissionais liberais para fortalecer a população preta.
Apesar dos dados refletirem a maior parte da população preta empreendendo, ainda faltam espaços para a participação ativa da comunidade em diversos setores e cargos.
O caminho a ser percorrido para a igualdade econômica e social ainda é longo. Mas é dever de todos fazer o que for possível para que essa realidade diminua um pouco a cada dia. A discrepância racial e social é um problema de todos.
Por isso, hoje, encerramos com uma reflexão: como você pode usar o seu dinheiro, influência e a sua forma de consumo para fazer a diferença diante dessa realidade?
Fontes: CNN Brasil, Exame, Universidade Metodista, Na Prática e Agência Brasil.